No dia 28 de março, dei meus primeiros passos no Curso Leitura e
Escrita na Era digital. Durante o desenvolvimento das atividades de
interpretação, produção do blog, participação dos fóruns, fui percebendo
como se dava o processo da construção do conhecimento objetivado pelo
Curso. O uso dos ambientes interativos trouxe uma vivência da qual eu
não havia feito uso com os meus alunos, demonstrando que é possível
desenvolver atividades de leitura e escrita. A construção do blog exigiu
um trabalho de grupo e a colaboração de todos. Nesse sentido, as
contribuições da Camila na finalização do blog, a crônica inspiradora da
Marli, principalmente para aqueles que não têm o traquejo para escrever
esse gênero literário, a participação de todos aqueles que
compartilharam as suas angústias e os seus conhecimentos foram muito
significativos para mim. Outro aspecto importante foi perceber que o
trabalho coletivo independe do espaço, ou seja, ele pode ser local e/ou
virtual, o que permite que isso ocorra é a interação entre as pessoas.
No módulo quatro, as colocações feitas a partir da questão do Enem, e as
reflexões que se seguiram nas afirmações dos colegas de curso foi muito
interessante no que se refere ao olhar que cada um tem sobre um
determinado tema. Alguns, como eu, defendem o conhecimento prévio e
outros apenas a leitura da questão. Mas, o mais importante foi perceber
que no primeiro olhar para o exercício, a minha leitura não me permitiu
entendê-lo, mas que na medida em que os professores foram dando sentido à
leitura da questão, foi mais fácil identificar a resposta. Isso é o que
precisa ser feito com os nossos alunos. Também não posso deixar de
mencionar a Flávia, nossa tutora, que através das suas orientações e
colocações provocativas foram nos instigando a buscar os instrumentos
necessários para a conclusão das tarefas. Tal qual ela, o professor tem
que aplicar em sala de aula.
Concluo esse curso, refletindo sobre o que afirma Roxane Royo: “Falar na
formação do leitor cidadão é justamente não olhar só uma das faces
desta moeda; é permitir a nossos alunos a confiança na possibilidade e
as capacidades necessárias ao exercício pleno da compreensão. Portanto,
trata-se de nos acercarmos da palavra não de maneira autoritária, colada
ao discurso do autor, para repeti-lo “de cor”; mas de maneira
internamente persuasiva, isto é, podendo penetrar plasticamente,
flexivelmente as palavras do autor, mesclar-nos a elas, fazendo de suas
palavras nossas palavras, para adotá-las, contrariá-las, criticá-las, em
permanente revisão e réplica”.
Célia Cristina Gonzales de Almeida
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