Leitura na era digital

Leitura na era digital

sábado, 28 de abril de 2012

DEPOIMENTOS DE LEITURA E ESCRITA

LIVROS INESQUECÍVEIS

Meu primeiro contato com a leitura foi mágico. Na escola onde estudei tinha bons professores e uma biblioteca encantadora. Nunca me esqueço daquele cheirinho dos livros velhos e novos. O livro inesquecível foi Maria- vai- com- as- outras, Sylvia Orthof. Na adolescência era O caso da borboleta Atíria, li nem sei quantas vezes, todas sentindo a mesma aflição pelo defeito da asinha de Atíria, a curiosidade para saber quem estava matando as borboletas da floresta. O outro marcante na época de colegial, Dom Casmurro, quando li fiquei encantada e foi esse livro que me fez cursar Letras. Acredito que meus pais embora não tinham o hábito à leitura, me incentivaram muito. Pais devem incentivar a criança a ler, com isso estimula a comunicação entre eles. Bom essa foi minha experiência como leitora.

Depoimento de Camila Aparecida da Costa



LER É VIVER
Na minha adolescência passei a participar de diversos movimentos estudantis e com isso tive contato com pessoas de várias tendências políticas e artísticas. Esse encontro com esse pessoal foi abrindo um mundo de informações e conhecimentos que no curso técnico que eu fazia não havia essa possibilidade. Aprendi a gostar de Pablo Neruda, lendo o seu livro Confesso que Vivi, depois foi Gabeira com O que é isso companheiro, De olho nas penas de Ana Maria Machado, a Revolução dos bichos, Admirável Mundo Novo e tantos outros. Lembro-me de ter dado muita risada dentro de um ônibus coletivo ao ler Dom Quixote, e as pessoas olhando curiosas para o livro que estava em minhas mãos. Ler é viver tantas vidas possíveis, mesmo por uns instantes É querer chegar rápido ao fim da história e sentir saudades quando ela acaba.
Depoimento de Célia Cristina Gonzales de Almeida
A MÁGICA DA LEITURA
Ler é uma tarefa mágica, com a leitura abrem-se as portas para a imaginação, tornando possível a realização de sonhos inimagináveis, a descoberta de culturas diversificadas, o encantamento dos sentimentos e a troca de saberes e experiências. Encantei-me com o relato de Marilena Chauí que afirma que o livro abre portas para um mundo novo, foi exatamente o que aconteceu comigo na infância, morava no interior de Minas e logo cedo fui introduzida no mundo da leitura que despertou em mim um novo olhar e uma nova maneira de pensar, com “Marcelo, marmelo, martelo e outras histórias” de Ruth Rocha, percebi que poderia criar palavras novas e compreender o sentido da amizade com “A Turma do Pererê” de Ziraldo. Já na adolescência no Litoral de São Paulo, fui novamente levada por uma amiga a conhecer e amar “Feliz ano velho” de Marcelo Rubens Paiva e “O mundo de Sofia” de Jostein Gaarder, que   desencadeou novamente a mesma paixão pela leitura que não quero me distanciar jamais.
Depoimento de Cleide Rodrigues Pacheco

LEITURA: UMA TRAJETÓRIA DE VIDA


Meus pais sempre foram leitores, apesar da pouca escolarização. Era frequente vê-los saboreando livros e revistas. Assim, também segui o bom exemplo. Queria saber o que estava escrito nas páginas coloridas das revistas que circulavam pela casa. Porém, nenhum título me inquietou mais, quando meu pai surgiu com um livro de capa dura e escura, com letras douradas. Perguntei-lhe qual o nome da história e ele me respondeu: Os Miseráveis. Já tinha uma noção do que era a miséria e, portanto, não me conformava com o título. Não podia ser uma história de princesa com final feliz. Muitos anos depois, tive a constatação de que não era mesmo, muito pelo contrário, todavia é uma grande história, uma das melhores que já li. No meu universo de criança, brincava de juntar letras, desenhar palavras e “escrever” livros com muitos personagens reais e fictícios. Minhas histórias eram fantásticas. Fui para a escola aos seis anos praticamente alfabetizada. Lembro-me que a biblioteca era ambulante, ou seja, uma perua Kombi abarrotada de livros parava à porta da escola uma vez por semana e as professoras organizavam os alunos para a devolução e retirada de livros. O primeiro livro que retirei para ler foi “Histórias da Carochinha”, no qual havia a história da Dª. Barata, que queria se casar. No mesmo ano, houve a tradicional Festa de Entrega do Primeiro Livro, em que recebi a obra “O Poço do Visconde”, de Monteiro Lobato. Esse livro acompanhou-me até os primeiros anos de exercício no magistério, na cidade de Matão, quando resolvi doá-lo à biblioteca, que estávamos formando na escola.
Depoimento de Deise Cristina Siqueli



Olá ! Lendo esses depoimentos também relembrei a minha adolescência , as minhas primeiras leituras. O primeiro livro indicado pela minha professora de lingua portuguesa foi A Ilha Perdida. Senti saudades...


Depoimento de Jucele Antonia Machado Tibagy

Um comentário:

  1. Como é gostoso acordar, em nós, essas lembranças e perceber que somos constituídos de leituras e escritas, verbais e não verbais. Somos textos!

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